A Primeira-Dama da República apelou a todas as forças vivas da sociedade, profissionais de saúde, líderes comunitários, professores, jornalistas, influenciadores, encarregados de educação, a serem protagonistas da campanha de vacinação contra o cancro do colo de útero.

Ana Dias Lourenco, falava nesta terça feira, 13 de Outubro, no acto de lançamento da Campanha Nacional de Vacinação para Prevenção do Cancro do Colo do Útero, para meninas dos 9 aos 12 anos de idade, cuja primeira fase arranca de 27 de Outubro a 07 de Novembro.

Apelou aos profissionais da saúde, professores e outros mobilizadores devidamente capacitados,  para que ouçam as dúvidas, esclareçam os receios e respondam com empatia e ciência.

O acesso à informação correcta vai permitir às famílias reflectir, conversar, tirar dúvidas e compreender o que está em causa, com vista a proteger o futuro das meninas. Referiu.
 
Por esta razão, destacou o papel importante dos jornalistas de levarem a informação certa a cada lar e a cada comunidade, em português e outras línguas nacionais, com rigor, empatia e compromisso, ajudando as famílias a compreenderem que esta vacina é segura, eficaz, gratuita e salva vidas.
  
Referindo-se as mulheres angolanas, como guardiãs da saúde nas famílias, realçou a necessidade de participação activa nesta campanha, de forma a tornarem inevitável o seu sucesso.
 
“As organizações sociais, particularmente as femininas, tanto nas cidades como nas zonas rurais, são as vozes de confiança e de mobilização, com uma intervenção decisiva para que todas as famílias compreendam a importância desta vacina e aceitem a prevenção como um direito e garantia de um futuro saudável. Salientou a Primeira Dama.
 
Estimativas da OMS, baseadas na incidência média e na taxa de letalidade, consideram que em Angola mais de duas mil mulheres adoecem de cancro do colo do útero e todos os anos, mais de metade perde a vida.

A Primeira Dama da República e Embaixadora da Campanha de Vacinação contra o cancro do colo de útero, sublinhou que estes números indicam a urgência de um combate efectivo a este problema de saúde pública e da acção para a prevenção. 

De igual modo, acrescentou de acordo com as estatísticas dos últimos cinco anos do Instituto Angolano do Controlo do Câncer, o cancro do colo do útero ocupa consistentemente o segundo lugar entre as neoplasias malignas mais diagnosticadas em Angola, frisou Ana Dias Lourenço.

O Executivo quer uma campanha transformadora para a saúde, baseada na forte coordenação multi-sectorial, envolvendo toda a estrutura do Governo central, provincial e municipal, comprometida com o bem-estar e o futuro das populações.
 
 
Angola está alinhada com a estratégia global da OMS para acelerar a eliminação do cancro do colo do útero como problema de saúde pública até 2050, da qual um dos pilares essenciais é a vacinação de 90% das meninas, meta que também está estabelecida para a referida campanha.
 
A partir de Janeiro de 2026, a vacina será integrada no calendário nacional, garantindo que todas as meninas com 9 anos sejam vacinadas anualmente.
 
O acto de lançamento contou igualmente com a presença das Ministras da Saúde, da Educação, da Família e promoção da Mulher e do MAPTESS, respectivamente, além de representantes de organizações internacionais e da sociedade civil.

A campanha é apoiada pelo UNICEF, PNUD, Gavi, OMS, Banco Mundial e Banco Europeu de Investimentos.