Orquestra Nacional de Angola exalta em palco trajectória do país
Concerto produzido pela Fundação Ngana Zenza reuniu em palco mais de 100 artistas talentosos de diversas origens, como símbolo da unidade e renovação cultural
A Orquestra Nacional de Angola exaltou, na noite de sexta-feira, no Centro de Conferências de Belas, em Luanda, a trajectória do país, cujo repertório musical celebra os 50 anos da Independência Nacional.
O espectáculo foi inserido nas comemorações do cinquentenário da soberania nacional, e com o tema "Minha Terra" de Rui Mingas, canção que expressa a urgência e a esperança de um novo começo para Angola após anos de conflito armado, assim como a esperança e a confiança de que, finalmente, é possível construir um futuro diferente.
Depois da recepção da assistência, a Orquestra Nacional de Angola orientada pelo maestro Ricardo Castro, vibrou ao instrumentalizar "Toreadores" e prosseguiu com o espectáculo no tema "Ludwing Van Beethoven".
O concerto produzido pela Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário, reuniu em palco mais de 100 artistas talentosos de diversas origens, como símbolo da unidade e renovação cultural do país.
Os instrumentistas interpretaram, igualmente, canções como "Prelúdio da bachiana", "Filândia", "Tchaikovsky", "Batuque", "Dança de Chico Rei e da Rainha Ginga" e revisitaram "País Novo", "Ntoyo" e "Muxima", esta última interpretada pelo músico Emanuel Mendes, merecendo aplausos da plateia.
Antes da exibição de cada tema, os membros da Orquestra Nacional de Angola, por meio de vídeos, explicavam o significado e o que a canção representava. Por exemplo, a artista Mary Quintas referiu que o tema "Batuque" ilustra o som da alegria do continente africano.
Um caminho de transformação
O maestro Ricardo Castro referiu que, quando chegou ao país, sentiu que existia alguma coisa extraordinária, um talento imenso e com vontade profunda de aprender, crescer e fazer da música um caminho de transformação.
“O desafio é enorme, mas juntos vamos construir uma Orquestra capaz de representar o país com excelência. O que encontrei em Angola, no que diz respeito à música, superou todas as minhas expectativas.”
A apresentação pública que se fez, disse, é a prova do trabalho colectivo, e a Orquestra é mais do que um projecto musical, mas mostra o futuro de Angola, construído pela coragem, talento e pela fé dos "seus próprios filhos".
“Que esta exibição seja apenas o primeiro solo de uma nova história, feita de excelência e de orgulho para os angolanos.”