À margem da 80.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Ana Dias Lourenço participou esta quarta-feira, 24 de Setembro, na 4.ª Reunião de Alto Nível sobre Doenças não Transmissíveis, evento que  teve como tema “Movimento Global para Melhorar a Sobrevivência e Reduzir o Sofrimento de Crianças com Cancer e outras Doenças Catastróficas”.

Para transformar essa realidade, Ana Dias Lourenço considerou na sua intervenção, a necessidade de  mobilização dos governos, instituições internacionais e outros parceiros para implementar programas de rastreio neonatal e educação comunitária, bem como garantir financiamento sustentável para o tratamento do câncer infantil e da anemia falciforme.

Na mesma ocasião, defendeu a criação de centros de excelência regionais para diagnóstico e tratamento, a promoção de legislação que proteja crianças contra o abandono terapêutico, e o apoio a pesquisas locais que reflictam as realidades e necessidades, sem esquecer as questões culturais, o estigma e a discriminação, ligadas à desinformação a vários níveis.

Entre as doenças frequentes, Ana Dias Lourenço destacou o câncer, que a cada ano é diagnosticado em mais de 400 mil crianças em todo o mundo, tendo referido a implementação do projecto de Oncologia Pediátrica desenvolvido pela Fundação Ngana Zenza,  de que é patrona, em parceria com a Fundação NAMA, da Universidade de Navarra de Espanha.

Este projecto, explicou, está assente numa estratégia destinada a optimizar o diagnóstico, o tratamento e o apoio psicossocial às crianças com cancro em Angola, com foco na formação de profissionais de saúde e trocas de experiências entre os dois países, através da telemedicina e do envio de especialistas para Angola.